Brasil lidera produção de lixo eletrônico entre emergentes

21/04/2010 17:41

 

Os aparelhos tecnológicos, assim como outros utensílios, possuem vida útil. Depois de determinado tempo, eles se tornam lixo eletrônico e precisam encontrar outras funções. No entanto, um relatório recém-divulgado pela Organização das Nações Unidas (ONU), mostra que o aumento desse material pode chegar a 500% em diversos países, incluindo o Brasil, até 2020. Anualmente, são descartados 40 milhões de toneladas de e-lixo no mundo. Entre os emergentes, o Brasil ocupa a preocupante posição de primeiro lugar, segundo o documento.

Para a coordenadora da unidade de negócios sustentáveis do Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPE), Andrea Peçanha Travassos, há falta de conscientização e informação das pessoas, que não sabem o mal que os eletrônicos causam ao meio ambiente. “Os aparelhos têm substâncias tóxicas como chumbo e mercúrio, o que pode, em contato com o solo, gerar reações químicas e afetar os lençóis freáticos”, explica a diretora.

Segundo a diretora do Centro de Computação Eletrônica da USP, Tereza Cristina Carvalho, o principal motivo para a crescente produção dos aparelhos descartados se deve à moda entorno das novidades tecnológicas. “Hoje as pessoas trocam muito de equipamentos eletrônicos, há um exagero de consumo, principalmente com celulares. Antes o brasileiro demorava cerca de um ano e meio para trocar de aparelho. Agora, o tempo diminuiu para sete meses”, afirmou.

No entanto, o consumo excessivo não é o único problema. Uma pesquisa realizada pela fabricante de celulares Nokia revelou que apenas 3% dos brasileiros leva os telefones para pontos de reciclagem. De acordo com o levantamento, cerca de 50% dos entrevistados não sabem que podem reutilizar o material.

 

Fonte: Bol Notícias

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