Voto Meu!

Por Luciana Branco

Não existe!! Como gostamos de nos enganar?! Toda época de eleição é a mesma coisa: pessoas pelas ruas pedindo nosso voto, na maior cara de pau, como se fossemos amigos íntimos. Tão íntimos que até nos oferecem ajuda (coisa que só irmão e amigo íntimo faz), nos visita em casa, nos manda cartão de Natal, aniversário, mesmo não sendo a época; nos pagam café, um lanche na esquina, um almoço sem ser prato feito... Acho que é isso! Eles querem comer no nosso prato, e não ao contrário! Querem nos chamar de idiotas, de imbecis! Querem invadir nossa privacidade com suas propagandas ridículas, prometendo tudo que não podem cumprir. E dentro de tudo isso, nós! No momento em que somos mais importantes, em que temos total poder de mudança, através do nosso voto, nos rendemos aos mimos, aos agrados e pior, as ameaças daqueles, que vergonhosamente, em pleno século XXI, usam como armas de pressão, os currais eleitorais, onde ninguém é livre para expressar e decidir em quem votar. Vergonhoso saber que isso também acontece em Cabo Frio! Vergonhoso saber que fazem da prática política, a mais tremenda inversão da democracia, através das ameaças. Sabemos quem faz, sabemos onde, à mando de quem, mas não temos provas. Será que precisamos mesmo de provas? Somos nós, os juízes agora! Nós decidimos! Poderíamos então, numa última tentativa de valorização do direito ao voto, fazê-lo nos mesmos moldes apresentados em nossa cidade. Vamos colocar o plástico imposto, vamos participar das reuniões obrigados, vamos sorrir entre dentes para os leões, mas na hora do voto, na solidão absoluta do exercício da cidadania, vamos dar um basta à toda esta imposição, vamos dar um basta a prepotência, ao cinismo e arrogância dos que já se sentem lá!

          Com licença, companheiros, mas o VOTO É MEU!!!

“O homem não pode fazer o certo numa área da vida, enquanto está ocupado em fazer o errado em outra.

A vida é um todo indivisível!”

 ( GANDHI )