AUMENTO POPULACIONAL E IMPACTO AMBIENTAL

Segundo recente pesquisa, a população mundial cresce por ano, uma Argentina inteira. São cerca de 100.000 novas pessoas nascendo todos os dias. A América Latina “contribui” com um crescimento bastante elevado, na casa dos 2,1% ao ano e ainda apresenta um dos mais altos índices de urbanização mundial ( 70%). Já a América do Norte e a Europa crescem em média 0,25%. Mas, estranhamente, o que parece controle de um lado, mostra de outro, o elevado consumo das sociedades ditas industrializadas, cerca de 46%. Ou seja, nenhum dos modelos acima é modelo de nada! Somos quase 6 bilhões de habitantes, desta nave chamada Terra, vivendo um mundo de contradições e superficialidades. Somos bilhões de seres humanos, num crescente sucesso como espécie reprodutora, mas, vergonhoso fracasso nas inter-relações pessoa/ambiente e pessoa/pessoa.

Com o crescimento das cidades, inchadas pelo êxodo rural e também, pelas ofertas dos royalties, pessoas de lugares mais diferentes, chegam em busca de uma vida mais “fácil”, perdendo, definitivamente, o controle da qualidade de vida para todos.

É muito mais gente do que oportunidade! Vivemos, de certa forma, como formigas, correndo em carreiras, umas atrás das outras, em busca de qualquer migalha de pão.

O aumento populacional pode ser sentido e visto dentro das grandes Metrópolis, claro! Mas também, já, dentro de nossa cidade. É impossível não perceber os problemas com o trânsito, a quantidade de gente andando nas calçadas, o aumento nas ocorrências policiais, as pessoas nas ruas, pedindo dinheiro, comida, ajuda..., os barracos subindo o morro, o tráfico dividindo territórios, pedintes batendo em nossas portas, pulando nossos muros. Já podemos perceber os sotaques novos, as novas faces, os “estrangeiros” de nosso próprio país. Há que se perguntar: O que está acontecendo? O que estas pessoas estão fazendo aqui? Quem são?Vieram para cá em busca de oportunidade? Que oportunidade? Gostaríamos de saber quem tem o controle disso? Gostaríamos de exigir o controle disso! Ao mesmo tempo, as periferias isoladas, pobres e sem perspectivas, vivem a sombra desta cidade que também não dá mais conta de nada!

O Impacto Ambiental, com o crescimento desordenado começa exatamente assim, quase em silêncio... As mudanças vão ocorrendo desapercebidamente, até que explodem, como aneurismas incontroláveis, mortais!

Um mundo de gente e suas atividades destrutivas, pode alterar o mundo vivo, de tal maneira, que este será incapaz de sustentar a vida na forma como a conhecemos. E é o comportamento destas mesmas pessoas que agravam e provocam os problemas ambientais, problemas estes que irão interferir na qualidade de vida de todo ser humano incluindo, principalmente, o dia a dia das pequenas e médias cidades, como a nossa por exemplo.

O Partido Verde, preocupado com esta situação, questiona assim o “progresso” a qualquer custo, sem planejamento e pior, com incentivo à informalidade e ao crescimento desordenado. Para nós três coisas são fundamentais para que possamos, a médio prazo, começarmos a recuperar o nosso equilíbrio social, político e econômico: transparência irrestrita na administração pública , prioridade nos investimentos e uma revolução na educação básica com escolas em tempo integral e redefinição da grade pedagógica.

Do ponto de vista do seu conteúdo programático e das suas ações, há muito o que discutirmos quanto Partido Político e muito o que fazer para conquistarmos novos e melhores componentes. Afinal, o que pretendemos, é apostar no trabalho, na seriedade, na perseverança pelo bom ato, pelo bom conteúdo, pela boa pessoa, pela boa cena política, permitindo que nós, simples cidadãos, possamos, sem culpa e sem medo, discutir e participar do nosso destino comum . É quase uma missão.

Afinal como dito pelo cidadão Antônio, um carpinteiro de formas que acabo de conhecer, “ são as pequenas coisas que fazem as grandes diferenças “.

Juarez Marques Lopes - Engenheiro Civil e Sanitarista